quinta-feira, 28 de maio de 2009

Incidente na final faz com que responsáveis corrijam os erros


Ao fim da primeira etapa do jogo que deu início às finais da Copa TV TEM de Futsal Feminino entre Botucatu e Marília, no Ginásio Municipal de Esportes “Governador Mário Covas Júnior”, a goleira mariliense Elis sofreu um choque com a atleta Glenda, de Botucatu e estava com suspeita de fratura na costela.

Sem ambulância e médicos no local, a jogadora, que chegou até a desmaiar do lado de fora da quadra, teve de esperar por cerca de 15 minutos até a chegada do resgate.

Após atendimento no Pronto socorro, a atleta foi liberada com uma luxação. O incidente ocasionou discussões na cidade e entre os promotores de eventos esportivos em busca de soluções para futuros problemas.

A reportagem entrou em contato com o coordenador técnico da Copa TV TEM, André Luiz de Almeida, que entende que foi uma falha no regulamento não constar a obrigatoriedade de atendimento médico no local das partidas, apesar de isso ter sido combinado, segundo ele, no congresso técnico, mas no próximo ano isso será reparado. “O regulamento da Copa TV TEM é bom, mas existe algumas falhas e essa, em não exigir a ambulância no local dos jogos, é um erro grande. No próximo ano colocaremos como obrigação da cidade sede esse tipo de segurança”, disse o coordenador da competição. “Aconteceram 180 partidas da TV TEM, entre masculino e feminino, e infelizmente isso aconteceu em uma partida. Foi apenas nesse jogo, mas uma única vez basta para que possamos nos preocupar e corrigir os erros”, completou.

O secretário de Esportes e Lazer de Botucatu, Antônio Carlos Pereira, não se eximiu das responsabilidades, mas explicou que a ambulância no local não teria utilidade. “Tínhamos um carro da Polícia Militar, que estava fazendo segurança e uma kombi da Secretaria, mas quem iria colocar as mãos na menina? E se acontece alguma coisa? Nem os membros da equipe de Marília quiseram fazer nada. Era necessário, como foi, esperar o resgate, para que pudesse fazer o atendimento. Apenas ambulância lá não adiantaria nada”, explicou.

Questionado da necessidade de ambulâncias nas praças esportivas da cidade, para segurança física dos esportistas da cidade, Pereira revelou que terá uma conversa com o secretário da Saúde, Carlos Alberto Macharelli, para encontrar alguma solução. “Já marquei uma reunião com o secretário da Saúde e veremos o que pode ser feito, mas é claro que a município não tem condições de colocar uma ambulância em cada local que se é praticado esportes”, disse Pereira. “Imagine deixar uma ambulância e um médico, 12 horas, no Ginásio, no Inca e nos campos onde acontecem os campeonatos varzeanos? Quantas ambulâncias seriam necessárias?”, questionou.


(Géro Bonini/Diário da Serra)

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