quarta-feira, 24 de março de 2010

Para “salvar” o futebol feminino em Botucatu

Géro Bonini/Diário da Serra

Parece que o problema do futebol feminino de Botucatu está perto de uma solução. Após as dificuldades enfrentadas pelo Botucatu Futebol Clube (BFC), principalmente no final do ano passado, com denúncias e irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado, a Cidade deve ter uma nova equipe.

Está sendo criada a Associação Botucatuense de Desporto, que contará em sua diretoria com diversas pessoas conhecidas na sociedade.

A ABD, que será presidida pelo advogado e ex-jogador e treinador de futsal, Leandro Fadel, e ainda contará em sua diretoria com José Nicolau “Cacau”, Sidney Amaral, Marcelo “Biro” Pilan, José Celestrim e Jovano Tortorella, e montará um time de futebol feminino. “A Associação Botucatuense de Desporto ainda não foi definitivamente criada. Falta ser registrada e estamos montando a diretoria e o conselho fiscal”, revela Fadel.

A composição da diretoria está sendo estudada com cuidado. “Os nomes são escolhidos a dedo. São pessoas da Cidade que têm um nome a zelar”, aponta o futuro presidente.

Correndo contra o relógio, pois as competições de futebol feminino terão início em abril (Paulista da Federação) e maio (Paulista da Liga Nacional), a ABD busca um clube parceiro, provavelmente a Associação Atlética Ferroviária e patrocinadores, além de acertar uma parceria com a Prefeitura de Botucatu. “Não temos muito tempo. Ainda não acertamos com a Ferroviária, mas é nossa intenção. Também estamos procurando patrocinadores. Existem empresas, de grande porte, com quem estamos negociando. Já em relação à Prefeitura, não queremos dinheiro público. Será uma parceria com materiais, como uniformes e bolas”, explica Fadel. “A Associação foi criada para gerenciar este patrimônio privado”, completa.

Ainda sem saber se conseguirá vaga no Campeonato Paulista Feminino da Federação Paulista de Futebol, o novo time, que deverá se chamar Botucatu/AAF, caso fique acertada a parceria com a Ferroviária, certamente jogará o Paulista da Linaf e os Jogos Regionais e Abertos do Interior. “A vaga da Federação Paulista é do BFC. Estamos conversando para ver o que se pode fazer. Ainda não temos a definição se eles vão disputar”, explica Fadel.

Comissão Técnica

Um treinador de outra Cidade, conhecido e experiente deve comandar a nova equipe de futebol feminino de Botucatu. “Nossa primeira opção é um técnico bem conhecido e interado no futebol feminino”, avisa Fadel, sem querer revelar o nome.

Jogadoras

Após acertar com o treinador, será a vez de escolher a atletas que representarão a Cidade. “Queremos manter as jogadoras que são de Botucatu e já estavam jogando pela Cidade, mas também iremos contratar. Montaremos um time modesto, em relação a valores, mas competitivo. De início, não temos a intenção de contratar ´medalhões´”, explica o presidente. “Depois, com uma garantia econômica, traremos jogadoras mais experientes”, completa.

Uniforme

O time deverá utilizar as cores da bandeira de Botucatu e no uniforme, a própria bandeira no peito. Caso seja confirmada a parceria com a AAF, o brasão do clube também estará na camisa. “A nossa intenção é essa. Queremos manter Botucatu no nome do time e nas cores”, diz Fadel.

Data

Caso dê tudo certo, o presidente da Associação Botucatuense de Desporto acredita que o time será apresentando, com suas jogadoras e comissão técnica, na primeira semana de abril.

Projeto

O futebol feminino é a modalidade inicial da Associação Botucatuense de Desporto, mas outras podem surgir com o passar dos anos. “Neste começo está correndo atrás do futebol feminino. Não podemos deixar a modalidade morrer em Botucatu. No próximo ano, teremos mais calma e tempo para uma melhor estrutura. E é claro, que caso surjam patrocinadores e interessados, podemos ter equipes de basquete, futebol, futsal, entre outras”, revela Leandro Fadel.

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