Lucas Veiga
Não é de hoje que o futebol do Brasil vem sofrendo com o baixo nível das equipes que disputam as principais competições no país. A ida precoce de jogadores ao exterior e a falta de profissionalismo tem sido um dos fatores culminantes pela queda e falta de brilho do então futebol arte.
Na reta final do Brasileirão, os times estão ainda mais nivelados (por baixo). Contusões, suspensões, convocações têm deixado treinadores de cabelo em pé para escalar suas equipes e manterem uma regularidade na competição.
Na última rodada do campeonato, o líder Palmeiras sem oito de seus jogadores, entre eles Diego Souza, Vagner Love, Armero, Edmilson, Maurício Ramos, Obina e Pierre, todos titulares absolutos, foi derrotado pelo todo poderoso Náutico, que luta para não ser rebaixado.
O São Paulo sem André Dias e Miranda, que juntos formam a dupla de zaga do Tricolor, também perdeu e deixou escapar a chance de encostar no Verdão e consequentemente do heptacampeonato.
O Campeonato Brasileiro deste ano foi apontado, antes mesmo de seu início, como um dos mais promissores e disputados de todos os tempos, com jogadores badalados como Ronaldo, Adriano, depois com Fred e Vagner Love essa expectativa só aumentou. Porém, o que se tem visto são clubes sem dinheiro, remendados dentro de campo e empresários cheios de más intenções, o que só prejudica o glorioso futebol pentacampeão do mundo.
Uma saída poderia ser a alteração dos clubes para empresas, tratar o futebol com maior seriedade e um trabalho específico voltado a formação de novos talentos, deixando a molecada à vontade sem a obrigatoriedade imposta pelo futebol de resultados com dez volantes... Só assim voltaremos a ver jogadores como Romário, Zico, Garrincha e, por que não, como Pelé?
Lucas Veiga é repórter do F8 Futebol Show, que vai ao ar todos os domingos, a partir das 14h30, na Rádio Emissora de Botucatu
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